terça-feira, 26 de março de 2013

Rinoplastia Aberta - o que é isso doutor?


Estive recentemente em um Simpósio/curso de Rinoplastia em Dallas - Texas, onde este tipo de abordagem é extremamente comum. Alguns cirurgiões, a maioria neste lugar, preferiam a via aberta para realização da sua cirurgia de rinoplastia estética.

Mas entre cirurgiões plásticos é fácil definir o que é uma rinoplastia aberta, mas na conversa com pacientes isto não é tão claro! Claro que não explicaremos aqui o que é uma rinoplastia (cirurgia plástica estética do nariz - explicado em um artigo anterior neste mesmo blog), vamos somente comentar, de forma simples e fácil, o que é uma rinoplastia aberta.

Quando falamos em rinoplastia aberta queremos dizer que irá haver uma incisão na área da columela (parte de pele na base do nariz, entre as duas narinas), e isto facilitará ao cirurgião a ver as estruturas nasais a serem tratadas. O cirurgião complementa a incisão por dentro das narinas, onde estas cicatrizes não ficam aparentes. Resumindo, o cirurgião faz a incisão dentro do nariz e também na base do nariz, permitindo o levantamento da pele do nariz como um capô de um carro, para expor melhor as estruturas.

A escolha da abordagem, aberta ou fechada, geralmente é da preferência do cirurgião, e o que vai ser feito. Quando o nariz já foi mexido uma ou mais vezes, e ainda a alterações estéticas remanescentes, a via aberta pode ser uma boa escolha, pois irá ser visto todas as estruturas a serem consertadas. Alguns cirurgiões fazem esta cirurgia para todas as suas abordagens, como vi nos EUA. Apesar de ter uma cicatriz externa, esta fica inaparente quando bem feita. Quando há necessidade de enxertos (colocação de estruturas de cartilagens) para aumentar um dorso muito baixo, ou estruturar uma ponta nasal muito molenga, a via aberta facilita a colocação destas estruturas.

Converse sempre com seu cirurgião para retirar todas suas dúvidas da sua cirurgia. Quanto melhor informada, menos receio irá ter, e saberá se suas expectativas serão alcançadas ou não. Cuidado com promessas grandiosas, uma cirurgia bem feita de e ter aparência natural e respeitar as suas características físicas.

Procure sempre um cirurgião plástico membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (www.cirurgiaplastica.org.br). Cirurgia Plástica é com cirurgião plástico, lembre-se disto. Qualquer dúvida pode nos contatar pelo email ou pelos comentários abaixo que iremos prontamente responde-los.









quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Proteção Solar


O sol é o principal responsável pelo envelhecimento da pele e pelo surgimento do câncer. Especialmente durante o verão ficamos mais tempo ao ar livre e expostos ao sol, aumentando o risco de queimaduras solares. Exatamente nesta época, o ultravioleta B, principal causador do câncer da pele, apresenta maior intensidade, por isso, todos os cuidados devem ser tomados para evitar a ação danosa do sol.

Os protetores solares (ou filtros solares) são agentes químicos de uso tópico capazes de dificultar que a radiação UV atinja e danifique a nossa pele. A radiação UV incide sobre a Terra junto com a luz do Sol, está dividida em dois tipos – UVA e UVB –, e provoca diversas reações em nossa pele.
A radiação UVA – cuja intensidade pouco varia ao longo do dia – penetra profundamente na cútis e aumenta o risco reações como câncer de pele e fotoenvelhecimento. Mais intensa no verão e no período entre 10h e 16h, a radiação UVB atinge a pele mais superficialmente e provoca queimaduras e vermelhidão.
Assim, qualquer tipo de exposição ao Sol requer o uso de filtro solar, que precisa ser aplicado diariamente, mesmo quando o clima está frio, nublado ou chuvoso, pois mesmo nessas circunstâncias 80% dos raios solares conseguem ultrapassar as nuvens e atingir a superfície. Apresentados em diferentes formas – gel, loção ou spray –, os filtros são produzidos com substâncias que protegem a pele ao absorver, refletir ou dispersar a radiação UV, minimizando seus efeitos.
O FPS (Fator de Proteção Solar) aponta o grau de proteção contra queimaduras oferecido pelo filtro solar. Quando alguém usa um filtro com FPS 30, por exemplo, significa que levará 30 vezes mais tempo para ficar vermelho do que se não tivesse aplicado o produto. Ou seja, está 30 vezes mais protegido do que se estivesse sem nada.
Como o FPS refere-se apenas ao grau de proteção contra a radiação UVB e ainda não existe consenso para classificar a proteção contra a radiação UVA, o ideal é optar por produtos que informem, na embalagem, oferecer proteção máxima contra radiação UVA/UVB. A eficácia varia conforme a quantidade aplicada e o tempo de exposição. Quanto maior o FPS, maior o nível de radiação UV filtrado pelo produto e maior o intervalo para sua reaplicação.
Existem hoje diversos protetores que protegem contra UVA e UVB, chamados de protetores solares de amplo espectro. Não existe uma medida padronizada de proteção a radiação UVA, como o FPS para a radiação UVB, cada marca de protetor usa uma escala diferente. 
A radiação ultravioleta A é a responsável pelo bronzeamento da pele, pelo envelhecimento da pele, mas também está envolvida no aparecimento do câncer de pele. Atualmente a radiação UVA é bastante relacionada ao aparecimento de melanoma.

Entendendo o rótulo dos protetores solares?

  • Resistente à água: O protetor solar continua efetivo após imersão por 40 minutos. Na avaliação feita em laboratório a pessoa seca ao vento, sem uso de toalhas que poderiam remover o protetor. Logo, quando se enxugar após entrar na água, reaplique o protetor solar.
  •  Muito resistente à água: O protetor solar continua efetivo após imersão por 80 minutos.
  •  Livre de PABA ou "PABA Free": filtros que não contém a substância PABA, que pode causar alergias.
  • Livre de óleo ou "oil free": filtros cujos veículos não contêm substâncias oleosas. São indicados para pessoas de pele oleosa ou com tendência à formação de cravos e espinhas.
  • Não comedogênico: filtros que não obstruem os poros, evitando assim a formação de cravos. São também indicados para pessoas de pele oleosa e com tendência à formação de cravos e espinhas.
  • Hipoalergênico: utiliza substâncias que geralmente não provocam alergias.
O filtro solar precisa ser usado diariamente por pessoas de todas as idades, independentemente da tonalidade da pele. Pessoas de pele negra ou morena também precisam de proteção e devem apostar em produtos com FPS 15, no mínimo, enquanto as peles mais claras requerem FPS ainda mais elevado.
Bebês a partir dos seis meses, crianças e adolescentes também precisam cultivar o hábito de usar protetor. Afinal, a Organização Mundial de Saúde estima que cerca de 80% da exposição solar que acumularemos ao longo da vida ocorra até os 20 anos. Para os bebês e crianças, recomenda-se o uso de produtos específicos, que não bloqueiam a síntese da vitamina D, – nutriente fundamental para facilitar a absorção de cálcio pelo organismo – que é estimulada pelo Sol. Mais propensos a ter pele oleosa, os adolescentes podem apostar em produtos em gel e oil-free, para minimizar o risco de acne.

Uso de roupas ajuda a proteger do sol? 


    As roupas ajudam na proteção ao sol. Para a prática de esportes ao ar livre, para situações que dificultem a reaplicação do filtro solar ou no caso das crianças com menos de 6 meses, as roupas podem ser uma boa opção para quem quer proteger a pele do sol. A proteção conferida pela roupa depende do tipo de tecido e do fato de estar seco ou molhado. Os tecidos de algodão, mais leves, oferecem proteção menor. Já os sintético, como a lycra dão maior proteção. Veja os fatores de proteção das roupas abaixo:
 Tecidos FPS
 Camiseta molhada 11
Camiseta seca  16
 Lycra molhada 24
 Lycra seca 35


Em todas as épocas do ano, a exposição ao sol deve ser feita moderadamente e com a proteção adequada, sempre. Caso haja qualquer anormalidade, recomenda-se procurar imediatamente um dermatologista.

 E se você exagerou e ficou com uma baita queimadura solar, visite o blog pelecarioca.blogspot.com para saber mais sobre queimadura solar, escrito pela nossa dermatologista Dra. Jeanne Herdy.



Fonte: Dra Jeanne Herdy (Dermatologia Medbeauty), site SBCD, Blog Dr. Gustavo Alonso Pereira

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Cirurgia das Mamas - aumentar, reduzir ou levantar.



As mulheres estão cada vez mais incomodadas com sua forma corporal, e as mamas são sempre lembradas quando perguntamos qual parte do corpo se sentem desconfortáveis.
A forma mamária pode ser um incomodo quando esta é muito grande, pequena ou quando esta caída. Esta variedade de problemas podem apresentar soluções diversas, indo desde pequenas cicatrizes para a colocação de uma prótese de silicone, ou até uma grande cicatriz em "T invertido".
Para melhor entendermos cada situação, vamos exemplificar de acordo com a mama feminina. Devemos lembrar que a mama é composta pelo invólucro de pele, glândula mamária e tecido adiposo (gordura).

- REDUÇÃO MAMÁRIA

A hipermastia é a nomenclatura dada a mamas de tamanho aumentado, podendo trazer problemas até a postura da mulher por causa do peso desta mama.

Quando a mulher sofre desta anomalia a cirurgia recomendada é a mamoplastia redutora. Como o próprio nome já diz, esta cirurgia visa reduzir o tamanho da mama (pele, gordura e glândula) para tamanho e volume adequado aquela paciente.
A composição da mama aumentada também pode variar de mulher para mulher. Algumas tem uma mama mais glandular, dando uma textura mais firme a esta, o que também resulta em um resultado mais duradouro. Mulheres com mamas mais gordurosas a textura fica mais molenga, frouxa, dificultando a manutenção da forma da mama a longo prazo.
Por causa do objetivo desta cirurgia é reduzir o tamanho mamário, a colocação de um implante nem sempre é recomendado, pois agregaria o volume retirado da mama reduzida, deixando-a com volume parecido com o anterior a cirurgia.
A cirurgia pode ser feita com uma cicatriz periareolar (circular em volta da aréola), com uma cicatriz em forma de "J" ou "L", ou através da clássica cicatriz em "T invertido", preferida pela maioria dos cirurgiões, inclusive este que vos escreve.






A cicatriz periareolar pode alargar ao passar do tempo, tornando-se uma cicatriz de aspecto inestético, por isso não é a escolha de muitos cirurgiões. As cicatrizes em "T", "J" ou "L" diminuem as as forças sobre uma só cicatriz, diminuindo as chances de cicatrizes alargadas.

-MASTOPEXIA
Este é o procedimento realizado quando se quer levantar a mama, sem diminuir seu tamanho. Podemos, inclusive, colocar uma prótese de silicone, e neste caso, aumentar a mama e levantando-a nesta mesma cirurgia.

A cirurgia pode ser realizada através de uma cicatriz circular em volta da aréola, porém esta também não é a escolha de muitos cirurgiões por ter maior chance de cicatrização alargada, inestética, ainda mais quando se agrega a utilização de uma prótese, deixando tensa a cicatriz final.

A cicatriz preferida é a cicatriz em "raquete", ou com a forma de "pirulito". Esta é usada quando existe pequena ptose (queda) da mama. Quando esta queda é mais acentuada uma cicatriz em "T invertido" se faz necessária. Em ambas as técnicas o volume mamário não é reduzido.

-MAMOPLASTIA DE AUMENTO
Esta é a cirurgia mais realizada das mamas, a segunda mais realizada no Brasil de todas as cirurgias estéticas.
Quando falamos em mamoplastia de aumento, queremos dizer que iremos aumentar as mamas sem grandes cicatrizes. Esta é a cirurgia com uso de próteses de silicone.
Já discutimos este tema em alguns post mais antigos, e você pode vêlos em nosso blog (papodedoutor.blogspot.com). Fique a vontade de rever estes ou outros de nossas postagens, sobre cirurgia das mamas e muitas outras sobre as cirurgias plásticas.

Qualquer dúvida ou comentários podem postar logo a baixo ou mandar pelo email medbeauty@ig.com.br que o Dr. Matthews Herdy irá responde-los. Lembre-se sempre de procurar um cirurgião plástico membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica para realizar sua cirurgia com toda segurança.